Beatrice
Eu sempre fui uma boa menina. Um exemplo para os jovens da atualidade, alguns diriam.
Inteligente, controlada, previsível.
Chata.
Até aquela festa em que, após receber a pior notícia da minha vida, decidi enlouquecer por umas poucas horas.
O problema é que festejar é para quem sabe. Eu não sabia como fazê-lo moderadamente e no dia seguinte, meu mundo virou de pernas para o ar.
De repente, passei de estudante responsável de medicina para socialite bêbada que vive a vida como se não houvesse amanhã.
E a pior notícia do mundo?
Há um amanhã e ele responde pelo nome de Mattia Jilani, meu avô.
Agora, para provar a ele que posso ser confiável e digna da minha herança, preciso concordar com sua regra, que é basicamente aceitar a tutela de Tommaso Andresano, o cretino mais arrogante da Itália, por um ano.
Tommaso
Procuro levar minha vida amorosa de uma maneira simples: vou a encontros, faço sexo, me despeço.
Com o exemplo que tive em casa, casamento não me atrai. Filhos então, nem pensar.
Desse modo, me tornar o tutor de alguém parece uma armadilha.
Ainda mais quando esse alguém é uma delícia cheia de curvas e lábios tentadores.
Beatrice.
Eu a vi crescer, mas por conta de um episódio do passado, ela me detesta com toda força de seu um metro e cinquenta e dois.
A garota é a única herdeira do homem que foi meu alicerce depois que meu avô morreu — Mattia Jilani —, aquele a quem eu devo muito.
Entretanto, me pedir para tomar conta daquela coisinha impertinente por um ano inteiro é levar uma dívida longe demais.
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