Tyler:
Alguns dias eu gostaria de nunca ter conhecido Gregory Baldwin. Depois, há dias em que sinto que vou morrer se ele ficar longe por muito tempo.
É como se eu fosse viciado nele. Viciado na atenção que ele me dá e no que ele faz comigo em segredo. Ele tem lábios feitos para o pecado e um corpo do qual não consigo tirar as mãos, mas principalmente, sei que ele tem um coração. Isso é o que me faz voltar.
Agora ele é cruel, malicioso, possessivo... nada parecido com o garoto que conheci.
E, no entanto, no fundo, eu sei que aquele cara ainda existe, sob esse exterior de bad boy. Ele tem que existir ou tudo o que passamos será inútil.
Estar com ele é como morrer e sobreviver ao mesmo tempo. É selvagem, maníaco e devastador, mas somos nós. Ele é tudo que eu já tive e a única coisa que vou querer.
Porque mesmo quando eu o odeio...
Eu o amo dez vezes mais.
Greg:
Estou quebrado além do reparo, fodido demais para ser salvo. Minha mente luta contra demônios diariamente, enquanto o órgão despedaçado em meu peito só me causa dor.
Eu gostaria de poder acabar com tudo. Dizer adeus a esta existência miserável.
Só que deixar esta vida significaria deixá-lo, e isso não é algo que eu possa fazer.
Uma vez fiz uma promessa a um garoto que pretendo cumprir. Os anos podem ter nos separado, e sei que ele me odeia agora, mas tudo bem. Eu não o culpo; eu também
me odeio.
Independentemente da animosidade, uma coisa permanece a mesma: Tyler.
Ele é a constante em uma névoa de autodestruição. Aquele que de alguma forma, depois de tudo, ainda está ao meu lado, não importa o quanto eu estrague tudo.
Eu não o mereço. Nunca mereci, mas também nunca vou deixá-lo se afastar.
Ele é meu e eu sou dele.
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