dos dois pólos, uma contrariando a outra, como a luz e a escuridão. Um positivo, o outro negativo.
E mesmo assim, por mais que eu acreditasse em um ponto de resolução, não havia como me
convencer de que o positivo sobreviveria sem o negativo.
E por que, em especial naquela noite, eu não conseguia desprezar aquela teoria? Porque
Patrício foi embora. Não era a primeira vez que ele ia. Nem o nosso primeiro final. A diferença
consistia no fato de que na primeira vez, não me encontrava convencida por completo sobre os
meus sentimentos, além de desconhecer os dele.
Doeu, mas não me derrubou. Sustentei a ideia de que o melhor a fazer seria tirá-lo da minha
vida. Éramos opostos. Opostos. Entende? Este é o ponto.
Então Patrício apareceu, declarou o seu amor, mergulhou em meu mundo e a magia
aconteceu. Não é fácil levantar quando você estabelece a certeza de que o positivo e o negativo
estão tão ligados, que a separação torna a inexistência de ambos. Não existe luz se não existir a
escuridão. Não existe o belo sem o feio. Tudo perde o sentido. A luz transmutaria para algo
sentido à sua existência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário